22 de fevereiro de 2011

Sarkozy em balanço de Plano Alzheimer

22 de febrero de 2011, 10:00Paris, 22 fev (Prensa Latina)
O presidente francês, Nicolás Sarkozy, visita hoje à cidade de Bordeaux (sudoeste), onde realizará um balanço do terceiro plano contra o Alzheimer, uma doença que afeta cerca de 860 mil franceses.

A estratégia apresentada em 2008 para um período de cinco anos compreende 44 medidas com um fundo de 1,6 bilhão de euros, destinados a melhorar a qualidade de vida dos portadores da doença e seus familiares e a aumentar a investigação sobre o tema.

Para a presidenta da Associação France-Alzheimer, Marie-Odile Desana, têm-se evidenciado alguns avanços em termos de hospitalização e na formação de ajudantes familiares, mas pode-se fazer mais.

Segundo um estudo divulgado aqui, as famílias dos portadores de Alzheimer devem pagar ao redor de mil euros mensais de seus próprios bolsos por mês para cobrir as despesas geradas por causa desta afetação.

Este é o montante médio a pagar após receber os reembolsos do seguro social e das ajudas destinadas para esta doença, concluiu esta investigação da Associação France-Alzheimer.

De acordo com a pesquisa que acompanhou 500 famílias durante um ano, os afetados gastam entre 1.042 e 1.180 euros por mês em média, sejam atendidos em seu domicílio ou em um centro assistencial.

Estas somas são investidas fundamentalmente em proteções para a incontinência urinária, os cuidados de pele e produtos destinados à higiene, entre outros.

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa e irreversível que produz um deterioramento das funções cognitivas, como perda progressiva da memória, da orientação, da linguagem, acompanhados de transtornos de comportamento.

Esta doença, que afeta a ao redor de 35 milhões de pessoas no mundo e cerca de 860 mil neste país, é a mais temida pelos franceses após o câncer e os acidentes nas estradas, revelou o Instituto Nacional de Prevenção e Educação para a Saúde (Inpes).

O relatório mundial, publicado por Alzheimer's Disease International (ADI) em ocasião da Jornada 2010, revelou que a doença poderia se duplicar em 20 anos e atingir 66 milhões de pessoas em 2030 e 115 milhões em 2050.

Na França, a cifra poderia chegar a 1,3 milhão de casos em 10 anos, segundo a Fundação para a Investigação Médica.

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