19 de setembro de 2010

Pesquisa confirma que exercitar o cérebro ameniza as perdas cognitivas do envelhecimento

Clipping do dia: 31/08/2010
Data de veiculação: 31/08/2010

Fonte:Associação Brasileira de Psiquiatria
www.abpbrasil.org.br

Um estudo recém-publicado pela revista Neurology, periódico oficial da Academia Americana de Neurologia, demonstrou que atividades que estimulam o cérebro, como a leitura e as palavras cruzadas, podem reduzir a velocidade de perdas cognitivas associadas ao envelhecimento, mas no futuro, se o indivíduo apresentar um quadro de demência, faz que a evolução da doença seja mais rápida.

Os pesquisadores acompanharam por um período de 12 anos cerca de 1.100 americanos com mais de 65 anos de idade e sem o diagnóstico de demência. Os voluntários foram testados do ponto de vista cognitivo e interrogados quanto ao nível de participação em atividades mentais estimulantes como leitura, jogos e passeios dedicados a atividades culturais.

Aqueles que apresentaram mais atividades estimulantes eram os que tiveram menores perdas cognitivas ao longo dos anos. Esse efeito já havia sido demonstrado anteriormente e o que a atual pesquisa trouxe de novo foi a evidência de que os indivíduos com o diagnóstico da doença de Alzheimer tiveram uma evolução mais rápida da doença quando tinham um histórico de muita atividade estimulante antes do diagnóstico.

Os resultados sugerem que um idoso que estimula bastante o cérebro, mesmo que já apresente lesões cerebrais silenciosas associadas a doenças que levam à demência, conseguirá manter seu desempenho cerebral normal por mais tempo que aquele com pouca estimulação.

Neste caso, o estado de equilíbrio cerebral tem o seu limite. Quando um cérebro bem estimulado começar a apresentar sintomas de uma síndrome demencial, o contingente de alterações cerebrais já é maior do que nos cérebros pouco estimulados e, por isso, a evolução da doença tenderá a ser mais rápida. Isso nos faz pensar na estimulação cerebral como uma estratégia que não evita o aparecimento de uma síndrome demencial como a doença de Alzheimer, mas uma forma de se viver mais tempo com o cérebro funcionando bem, sem sintomas da doença.

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